quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Carro, as contas e a casa!

Droga, fiz uma postagem toda linda , cheia de sentimentos e questões, aí esse blog apagou tudo automaticamente! Eu ainda estava escrevendo e salvando o tempo todo.

Agora não tenho mais como escrever tudo de novo, cada vez é única.

Depois tento escrever novamente quando passar a frustração..

Beijos aos queridos

Daya

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Professor Temporário cada vez mais temporário.

Cuidado professor, você está na mira dele

Gente ,

Como vocês sabem , os noivos aqui são Professores! Professores por opção e por paixão ... Todo mundo sabe que professor sofre, não tem altos salários, não tem o reconhecimento que merece, não é valorizado pela sociedade em que atua e que , quando faz o seu trabalho com responsabilidade, modifica.

Não somos aqui corporativistas, e a intenção não é a vitimização. Sabemos (e como sabemos...) que existem professores por aí que não honram com o que fazem, não tem compromisso com a educação, cultivam tradicionalismos idiotas, vícios irritantes que nada contribuem (muito pelo contrário) ao processo de formação dos alunos .

Mas também existem colegas, e a esses sim chamamos dessa forma, que dão tudo de si e mais. Esses colegas contrariam as suas realidades, superam os desafios diários e se dedicam de toda forma ao que acreditam. Esses muitas vezes são tidos como bobos ou ridicularizados por quem não tem coragem pra mudar e põe como desculpa a falta de remuneração apropriada.
Não temos paciência pra gente que arruma desculpa e desrespeita o compromisso com a educação.

Mas é pensando naqueles que nos são iguais, que tem um compromisso real com a escola, a universidade, a sociedade e o aluno que pensamos esse post. No mês passado, quando abrimos a Caros Amigos , demos de cara com um artigo da escritora Marilene Felinto que escreve para a revista, esse artigo tinha como título " Professor temporário é o produto perverso de José Serra" o Luís começou a ler em voz alta pra mim que estava ocupada no computador, a medida que ele ia lendo eu ia ficando cada vez mais revoltada ( quem me conhece aí sabe como essas coisas me deixam...) o artigo falava da atual situação da educação pública em São Paulo e como ela vem sendo tratada por seu governador. A forma criminosa como o PSDB trata a educação, aqui no Ceará estamos "carecas de saber" pois tivemos a maldição chamada Tasso Jereissati (por aquele homem só pode ser classificado dessa forma).

As escolas sem professor, a UECE sucateada caindo ventiladores, sem livros na biblioteca, com os piores salários de professores do Brasil inteiro, culminando em greves intermináveis... e o resto todo mundo já conhece. Mas no PSDB deve haver um curso de "Maldades e perversidades para com a Educação, atualize-se já!" de modo que a coisa só tem piorado .

É com o mais profundo desespero que iremos publicar nesse blog uma boa parte do texto da Felinto, afinal de contas Serra será candidato a presidente no próximo ano e aqui no Ceará teremos Jereissati novamente com" O retorno da maldição" para as eleições ao governo estadual.

Beijos a todos e todas

Daya e Luis

Pra vocês então , um pedaço da matéria :

Professor temporário é produto perverso de José Serra

Por marilene felinto

"Metade dos professores da escola pública paulista não existe – são aparições temporárias, que perambulam de uma periferia a outra, lugares aos quais não pertencem e com os quais não lhes dão tempo de criar vínculo. Manter estes cem mil cidadãos na incerteza trabalhista (são contratados sem concurso público) e no modo de vida nômade que não escolheram, tratá-los como peças de um jogo sem regras, expor todos ao ridículo e desqualificá-los mediante seus colegas profissionais e mediante a sociedade foi o ato mais recente da criminosa “política educacional” do governo de José Serra em São Paulo.

Pior educação pública que a paulista não há no país – e ela é a cara do tucanato (o PSDB), é a obra máxima do descompromisso com a coisa pública quando se trata do interesse da maioria da população pobre. Estes governos afinados com a classe dominante, como os oito anos de Fernando Henrique Cardoso na presidência da República (1995-2002) ou os quase quinze anos em que o grupo de José Serra infesta o Estado de São Paulo deram golpes de morte na educação pública.

Em dezembro último, a Secretaria Estadual de Educação de SP aplicou uma prova ao professorado temporário da rede estadual para utilizar a nota como critério classificatório na atribuição de aulas deste ano letivo de 2009, uma armadilha para demitir milhares de professores que os próprios governos tucanos de Serra e sua turma contrataram em condições de absoluta precariedade e com os quais não sabem o que fazer. A prova, mal elaborada, cheia de questões visivelmente erradas, avaliaria o conhecimento dos professores sobre a proposta curricular da Secretaria. Concorreram com os quase cem mil temporários outros milhares de novos candidatos a lecionar na rede pública, professores recém-formados. Na concorrência desleal, muitos dos temporários perderiam para os novos seus empregos e um mínimo de direitos conquistados. O professorado recorreu à Justiça e ganhou a causa. A Secretaria de Educação de Serra, por seu lado, não teve dúvida: saiu divulgando na mídia serrista (em São Paulo, especialmente os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo e as redes de TV) a “nota zero” atribuída a centenas de professores na tal prova, incluindo neste número as tantas centenas de professores que entregaram a prova em branco, em ato de protesto. Uma desonestidade, uma manipulação flagrante dos resultados.

A “proposta curricular” da gestão Serra para a educação pública não passa disso: culpabilizar o professor pelo fracasso da política educacional cada vez mais perversa conduzida pelo tucanato em São Paulo. Para que gastar dinheiro com os pobres contratando professores por concurso público? Para que oferecer uma escola de qualidade aos filhos dos pobres?

Certamente não é aos elitistas do PSDB que isso interessa. E ainda que caiba ao governo paulista avaliar seu professorado, ainda que fosse numa avaliação justa, e ainda que o professor tirasse nota zero, ainda assim a culpa deveria recair sobre os governos do PSDB em São Paulo e por aí afora: os professores que zerassem seriam os mesmos formados nas faculdades particulares de quinta categoria (faculdades para pobres), abertas feito barracas de camelôs na gestão do ex-ministro da Educação do governo Fernando Henrique, o hoje deputado Paulo Renato Souza. Nota zero mesmo é a esta gente. "

Continua no site :http://carosamigos.terra.com.br/